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Os Guardiões na Umbanda

Entidades de Ordem, Equilíbrio e Caminho

 

Dentro da Umbanda, chamamos de Guardiões os espíritos que trabalham na defesa, proteção e equilíbrio das forças espirituais — tanto no plano astral quanto na vida das pessoas e das instituições que se dedicam ao bem.

Esses espíritos são conhecidos, nos terreiros, como Exús e Pombajiras.
Muito além das imagens populares ou dos preconceitos que se criaram em torno deles, os Guardiões são forças de disciplina, equilíbrio, verdade e ordenação espiritual.
Nada têm a ver com maldade — ao contrário: são trabalhadores incansáveis da Lei Divina.

 

Exús e Pombajiras: forças que equilibram

Na Umbanda, compreendemos Exú como uma força ativa, direta, firme — que lida com movimento, caminhos e decisões.
A Pombajira é a força complementar: sensível, profunda, emocional, que trabalha nas encruzilhadas dos sentimentos humanos.

Ambos são Guardiões.
Ambos são amparadores espirituais que atuam:

  • nas fronteiras energéticas,

  • nas linhas de defesa,

  • nos cruzamentos vibratórios,

  • na proteção do médium,

  • no equilíbrio da casa,

  • e na manutenção da ordem nos trabalhos espirituais.

 

Cada um trabalha dentro da Lei, sem as distorções de “bem” e “mal” criadas pela visão humana.
Exú e Pombajira não punem, não barganham, não fazem mal.
Eles equilibram — e o equilíbrio, muitas vezes, exige firmeza.

 

Nem todo espírito é guardião

Assim como em qualquer campo de trabalho, no plano espiritual também existem níveis, especializações e funções distintas.
Há espíritos dedicados à guarda, à disciplina e às linhas de defesa; e existem aqueles que não se alinharam ao bem ou que atuam de forma desordeira.

A Umbanda reconhece:

  • Guardiões de alta responsabilidade

  • Guardiões de trabalho cotidiano

  • Espíritos ainda em aprendizado

  • Espíritos sem compromisso com a Lei, que não devem ser confundidos com Exús

 

Por isso dizemos que:

  • todo Guardião é um Exú ou Pombajira,

  • mas nem todo espírito que se apresenta como Exú é um Guardião verdadeiro.

 

A diferença está na intenção, na moralidade e na ligação com a Lei Maior.

 

A função dos Guardiões

Os Guardiões atuam como:

  • protetores dos terreiros,

  • equilibradores das energias,

  • defensores dos médiuns,

  • amparadores espirituais de lares e comunidades,

  • organizadores do campo vibratório,

  • agentes de disciplina nas regiões inferiores,

  • orientadores nos processos de demanda e desobsessão.

 

Sem eles, os trabalhos de luz seriam muito mais difíceis, e a vulnerabilidade espiritual dos médiuns e das casas seria imensa.

 

Especializações e campos de atuação

Os Guardiões se organizam conforme suas aptidões, experiências e compromissos assumidos.
Assim como na vida material, o plano astral também possui:

  • guardiões dedicados a pessoas;

  • guardiões que zelam por casas, ruas e comunidades;

  • guardiões especializados em demandas complexas;

  • equipes que trabalham na sustentação das giras;

  • e aqueles que atuam diretamente nos processos de reequilíbrio coletivo.

 

Todas essas funções coexistem e se complementam, sempre respeitando a Lei do Livre-Arbítrio.
Nenhum guardião força escolhas nem impede que o ser humano enfrente as consequências de seus atos.
Eles amparam, equilibram e fortalecem — mas não vivem a vida por nós.

 

Exús e Pombajiras: trabalhadores da luz

Longe dos mitos populares e das ideias equivocadas, Exús e Pombajiras cumprem um papel de imensa importância:

  • trazem verdade,

  • cortam ilusões,

  • mostram caminhos,

  • protegem,

  • equilibram,

  • e, quando necessário, são firmes para nos impedir de cair em erros graves.

 

São entidades que entendem profundamente os conflitos humanos, pois conhecem a sombra — e é justamente por isso que sabem guiar para a luz.

 

O que precisamos saber como filhos de fé

  • Guardiões não fazem mal.

  • Guardiões não são demônios.

  • Guardiões não compactuam com injustiça.

  • Guardiões não interferem no livre-arbítrio.

  • Guardiões trabalham na Lei, pela Lei e para a Lei.

 

E acima de tudo:
sem eles, o terreiro não é sustentado.

Eles são a força que prepara o campo, estabiliza as energias, protege os trabalhos e mantém afastadas influências desequilibradas.

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