
TEUJ - Tenda Espírita
Unidos por Jesus
Os Guardiões na Umbanda
Entidades de Ordem, Equilíbrio e Caminho
Dentro da Umbanda, chamamos de Guardiões os espíritos que trabalham na defesa, proteção e equilíbrio das forças espirituais — tanto no plano astral quanto na vida das pessoas e das instituições que se dedicam ao bem.
Esses espíritos são conhecidos, nos terreiros, como Exús e Pombajiras.
Muito além das imagens populares ou dos preconceitos que se criaram em torno deles, os Guardiões são forças de disciplina, equilíbrio, verdade e ordenação espiritual.
Nada têm a ver com maldade — ao contrário: são trabalhadores incansáveis da Lei Divina.
Exús e Pombajiras: forças que equilibram
Na Umbanda, compreendemos Exú como uma força ativa, direta, firme — que lida com movimento, caminhos e decisões.
A Pombajira é a força complementar: sensível, profunda, emocional, que trabalha nas encruzilhadas dos sentimentos humanos.
Ambos são Guardiões.
Ambos são amparadores espirituais que atuam:
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nas fronteiras energéticas,
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nas linhas de defesa,
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nos cruzamentos vibratórios,
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na proteção do médium,
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no equilíbrio da casa,
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e na manutenção da ordem nos trabalhos espirituais.
Cada um trabalha dentro da Lei, sem as distorções de “bem” e “mal” criadas pela visão humana.
Exú e Pombajira não punem, não barganham, não fazem mal.
Eles equilibram — e o equilíbrio, muitas vezes, exige firmeza.
Nem todo espírito é guardião
Assim como em qualquer campo de trabalho, no plano espiritual também existem níveis, especializações e funções distintas.
Há espíritos dedicados à guarda, à disciplina e às linhas de defesa; e existem aqueles que não se alinharam ao bem ou que atuam de forma desordeira.
A Umbanda reconhece:
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Guardiões de alta responsabilidade
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Guardiões de trabalho cotidiano
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Espíritos ainda em aprendizado
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Espíritos sem compromisso com a Lei, que não devem ser confundidos com Exús
Por isso dizemos que:
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todo Guardião é um Exú ou Pombajira,
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mas nem todo espírito que se apresenta como Exú é um Guardião verdadeiro.
A diferença está na intenção, na moralidade e na ligação com a Lei Maior.
A função dos Guardiões
Os Guardiões atuam como:
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protetores dos terreiros,
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equilibradores das energias,
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defensores dos médiuns,
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amparadores espirituais de lares e comunidades,
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organizadores do campo vibratório,
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agentes de disciplina nas regiões inferiores,
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orientadores nos processos de demanda e desobsessão.
Sem eles, os trabalhos de luz seriam muito mais difíceis, e a vulnerabilidade espiritual dos médiuns e das casas seria imensa.
Especializações e campos de atuação
Os Guardiões se organizam conforme suas aptidões, experiências e compromissos assumidos.
Assim como na vida material, o plano astral também possui:
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guardiões dedicados a pessoas;
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guardiões que zelam por casas, ruas e comunidades;
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guardiões especializados em demandas complexas;
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equipes que trabalham na sustentação das giras;
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e aqueles que atuam diretamente nos processos de reequilíbrio coletivo.
Todas essas funções coexistem e se complementam, sempre respeitando a Lei do Livre-Arbítrio.
Nenhum guardião força escolhas nem impede que o ser humano enfrente as consequências de seus atos.
Eles amparam, equilibram e fortalecem — mas não vivem a vida por nós.
Exús e Pombajiras: trabalhadores da luz
Longe dos mitos populares e das ideias equivocadas, Exús e Pombajiras cumprem um papel de imensa importância:
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trazem verdade,
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cortam ilusões,
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mostram caminhos,
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protegem,
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equilibram,
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e, quando necessário, são firmes para nos impedir de cair em erros graves.
São entidades que entendem profundamente os conflitos humanos, pois conhecem a sombra — e é justamente por isso que sabem guiar para a luz.
O que precisamos saber como filhos de fé
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Guardiões não fazem mal.
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Guardiões não são demônios.
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Guardiões não compactuam com injustiça.
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Guardiões não interferem no livre-arbítrio.
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Guardiões trabalham na Lei, pela Lei e para a Lei.
E acima de tudo:
sem eles, o terreiro não é sustentado.
Eles são a força que prepara o campo, estabiliza as energias, protege os trabalhos e mantém afastadas influências desequilibradas.