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CONDUTA ESPÍRITA DO MÉDIUM

A mediunidade é um instrumento de serviço, caridade e aprimoramento espiritual.
O médium não é alguém separado, elevado ou escolhido acima dos outros; é apenas um trabalhador chamado a servir com responsabilidade, simplicidade e disciplina. Quanto mais consciente for da própria humanidade, mais útil se torna às entidades e ao próximo.

 

O primeiro passo é reconhecer que não existem missões superiores. Cada tarefa mediúnica — por menor que pareça — tem seu valor, e o médium é apenas colaborador da espiritualidade. A humildade é a base do caminho e o antídoto contra a vaidade, o orgulho e a ilusão de grandeza.

 

A presença do médium nas sessões é parte desse compromisso. Entre família, trabalho e cotidiano, imprevistos acontecem, mas o esforço em comparecer demonstra respeito às entidades, à casa e ao próprio desenvolvimento. Mediunidade exige constância, disciplina e preparo emocional: ninguém se sintoniza com a luz em clima de agitação, descaso ou dispersão.

 

Durante o transe, cabe ao médium manter controle físico e emocional, evitando exageros, movimentos violentos e comportamentos teatrais. O guia se expressa por meio dele, mas a responsabilidade sobre o corpo e a palavra continua sendo sua. A naturalidade é sempre o melhor sinal de sintonia verdadeira.

 

O médium também deve vigiar qualquer desejo de evidência. A mediunidade não é palco para exibicionismo, nem instrumento para destacar-se entre os outros. Todo trabalho espiritual acontece pelo mérito da equipe desencarnada e pelo merecimento daqueles que buscam auxílio — jamais para inflar o ego do intermediário.

 

Outro ponto fundamental é nunca fazer da mediunidade fonte de ganho material. A Umbanda é um serviço gratuito, e qualquer tentativa de usar suas manifestações para proveito próprio desequilibra o médium e compromete a credibilidade do terreiro.

 

A vigilância interior deve ser constante. Ambição, vaidade, orgulho, ausência de autocrítica e falta de perseverança são riscos reais, capazes de desviar o médium do propósito maior. Por isso é essencial manter humildade, bom senso e disposição para o aprendizado — sempre buscando orientação com trabalhadores mais experientes quando as dúvidas surgirem.

 

Equilíbrio emocional e comportamento sereno dentro do terreiro são partes importantes da conduta mediúnica. A gira é momento sagrado: não combina com brincadeiras fora de hora, conversas paralelas ou falta de atenção. Silêncio, respeito e boa vibração criam o ambiente adequado para que as entidades possam trabalhar.

 

Fora da gira, a conduta moral continua sendo parte da mediunidade. A forma como o médium vive, fala, se relaciona e trata as pessoas reflete o compromisso espiritual que assumiu. Gentileza, honestidade, educação, pontualidade, caridade e respeito são atitudes que fortalecem sua sintonia com os guias.

 

O médium deve cuidar também do corpo físico, preservando sua saúde com hábitos equilibrados, evitando excessos, vícios, toxinas e comportamentos que prejudiquem o organismo. O corpo é o instrumento da alma — quanto mais limpo e preservado, melhor será a qualidade do trabalho espiritual.

 

É igualmente importante manter reverência por outras religiões. Nenhuma prática espiritual deve ser ridicularizada ou tratada com desdém. A humildade inclui reconhecer que cada caminho possui sua verdade e que o médium deve ser ponte de respeito, e não de julgamento ou conflito.

 

No campo íntimo, é necessário trabalhar perdão, tolerância e paciência — inclusive em relação a quem não compreende a mediunidade ou critica a religião. A verdadeira defesa da fé não está no debate, mas na conduta, na moral, na paz que o médium expressa em sua vida.

 

Por fim, cabe ao médium compreender que a mediunidade é natural. Não é milagre, não é privilégio, não é motivo para destaque. É uma oportunidade de serviço e crescimento. O médium continua sendo uma pessoa comum, com desafios, limitações e responsabilidades como qualquer outra — apenas com o compromisso adicional de servir à luz com honestidade e dedicação.

 

A conduta moral, a disciplina, o estudo e a humildade são os pilares que sustentam o médium no caminho da evolução.
 

E, como ensina o Evangelho, o verdadeiro espírita — e o verdadeiro médium — reconhece-se pelo esforço constante em melhorar a si mesmo.

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